MEIO AMBIENTE: SERVIDORES DO TRT/RJ FAZENDO A DIFERENÇA

No último sábado (2/6), um grupo de servidores e magistrados do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro se uniu em prol do meio ambiente e da fauna marinha. Os funcionários, conclamados pela Comissão Permanente de Responsabilidade Socioambiental do TRT/RJ (CPRSA), curtiram a manhã ensolarada na Praia de Ipanema participando do mutirão de limpeza.

O objetivo foi recolher micro-lixos na orla, lembrar o dia 5 de junho - Dia do Meio Ambiente - e alertar as pessoas para a importância de assumirem um compromisso mais intenso com a garantia da vida nos mares. “A ideia é despertar os funcionários do TRT/RJ para a questão ambiental”, afirmou a presidente da CPRSA, desembargadora Maria das Graças Cabral Viegas Paranhos, bastante satisfeita com a disposição dos voluntários.

Servidores e magistrados do TRT/RJ no ponto de partida do mutirão da limpeza, no Arpoador

O trajeto, que começou no Arpoador e terminou na rua Garcia D'ávila, foi definido pelo Instituto Ecológico Aqualung (IEA), dentro do Projeto Limpeza na Praia, ao qual o Tribunal aderiu. O coordenador da ação, Hildon Carrapito, salientou que o micro-lixo vem tanto de frequentadores das praias como também das casas das pessoas, através do emissário submarino. “São tampinhas de garrafa, canudinhos, guimbas de cigarro e até cotonetes que são despejados no vaso sanitário”, afirmou.

Alguns dos muitos canudinhos e guimbas de cigarro recolhidos na praia de Ipanema

Com sacos e luvas doados pela instituição, os servidores chegaram ao final do percurso com várias sacolas cheias de resíduo recolhido. “Fiquei impressionada com a quantidade de cotonete que achei”, disse Patrícia Lopes, lotada no Núcleo de Gestão de Projetos da Assessoria de Desenvolvimento Institucional. “Achei até uma roupa íntima”, contou espantada Solange Skinner, presidente da Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro (ASJTRio).

A satisfação do dever cumprido: sacolas cheias de micro-lixo

A IMPORTÂNCIA DE RETIRAR O MICRO-LIXO DOS OCEANOS

Quase dois terços de todo o lixo que é encontrado pelos voluntários é algum tipo de detrito não degradável a curto prazo, como canundihos, pontas de cigarro, tampinhas, sacos plásticos e chinelos. Pode-se citar o exemplo da guimba de cigarro, que é o item mais encontrado no mundo por oito anos seguidos. Ele ocasiona a morte de inúmeros animais que a confundem com ovas de peixe e as engolem.

Ao final do trabalho de recolhimento, que durou cerca de três horas, o lixo arrecadado foi separado por tipos (como guimbas de cigarro, tampinhas de garrafa e canudos, por exemplo) e encaminhado pela Aqualung à Comlurb, que o envia a cooperativas cadastradas. Além de Ipanema, o mutirão de limpeza aconteceu também nas praias de Copacabana, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Sepetiba, Ilha de Paquetá, Maricá e Saquarema. Feliz com o resultado, a CPRSA já prepara novos eventos em prol da sustentabilidade ambiental.

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